A Prosa Romântica no Brasil

03 junho 2012

O romance romântico aparece no Brasil como um gênero de fácil aceitação, principalmente para o público burguês, abordando temas comuns da vida cotidiana. Sua produção inicia-se apenas em meados do século XIX, a partir do contato com outras nações decorrente do processo de independência, em 1822, quando países como França, Inglaterra e Alemanha já tinham a tradição da ficção.
O romance pioneiro surge dotado de algumas peculiaridades, como o episodismo (sobreposição dos episódios à análise dos fatos), o oralismo (o narrador é um contador de histórias), a linearidade (segue-se a ordem cronológica normal dos fatos da vida), a idealização (no ambiente, no enredo e nos personagens - homem, herói autêntico e generoso e mulher, feminina, ingênua e fiel).


Inicialmente, não só no Brasil, mas também na Europa, o romance apresenta-se na forma de flolhetins, em publicações periódicas nos jornais de capítulos de obras literárias, atraindo a leitura de mulheres, estudantes, comerciantes e funcionários públicos. Estas publicações desapareceram no século XX, enquanto o romance em si prosseguiu evoluido e se modificando ao longo dos tempos na literatura nacional.

O Romantismo  no Brasil se desenrolou em quatro estilos, o romance urbano, indianista, histórico e regionalista. O Romantismo (com letra inicial maiúscula) é a escola literária de um momento artístico, e o termo romance designa um tipo de narrativa.


O primeiro romance brasileiro é “O filho do pescador”, de Teixeira e Souza, de 1843. Porém o nosso primeiro romance de qualidade é “A Moreninha” , de Joaquim Manuel de Macedo, lançado em 1844, e considerado como romance urbano. O romance urbano é aquele que apresenta a cidade como cenário e o comportamento dos citadinos são incorporados nos personagens da narrativa.
Obras como os romances “Inocência”, de Alfredo Taunay, e “Escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães, são considerados romances regionalistas aqueles que expressavam o sertanejo e o interior do Brasil (fazendas e campos) como cenário. O livro “Inocência” foi adaptado para o cinema pelo cineasta Walter Lima Jr. “Escrava Isaura” foi adaptada para televisão em novela da Rede Globo, na década de 70, e novamente na TV Record, em 2005.
Quando falamos em prosa romântica histórica e indianista, precisamos nos referir à José de Alencar, o autor cearense conseguiu transitar entre as quatro tendências e sendo o principal autor nos dois últimos estilos citados. Dentre suas obras destacam-se :
- Romance urbano : Lucíola , de 1862.
- Romance regionalista : O sertanejo , de 1875.
- Romance histórico : A guerra dos mascates , de 1873.
- Romance indianista : O guarani , de 1857.
O romance indianista foi uma forma de similaridade à proposta européia de valorização do passado medieval. A tendência histórica em nossos romances se baseava em tipos históricos e narrando-os em seu tempo e espaço real.

1 comentários:

Anônimo disse...

Quais os nomes das obras que estão junto do texto sobre prosa?

Postar um comentário

Comente ! Deixe sua semente !